Humano, demasiado desumano
O que é ser, um Ser Humano?
Essa deveria ser uma resposta simples, no entanto, sabemos todos que não é tão simples assim. O homem é aquilo que pensa. Por ai podemos ter uma pista em termos de conteúdo humano, do que somos formados. Qual é o preenchimento de nosso espírito, se assim podemos dizer. Sem nos atermos a critérios de linhas de pensamentos específicos. Podemos resumir esse conteúdo humano, em conceitos que envolvam o bem e o amor, tanto consigo mesmo, com o outro, e com a natureza.
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Mas é claro que não vivemos apenas com nossos próprios pensamentos. É no convívio com o outro e, com a natureza, que colocaremos em pratica o conteúdo que alimentamos dentro de nós. Alguns são congruentes no que pensam, falar e fazem, outros nem tanto. O discurso parece sempre fácil, coerente, permeado pelo bem. A pratica quase sempre mostra que não passa de retórica, de convencer, é tão fácil ludibriar. Ingenuidade? Crença no humano? Conformismo? Não sei, talvez tudo isso. Ou aceitamos assim, ou nos isolamos em cavernas. Parece não haver saída. Ou há?
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Mas o que seria um desumano?
Com o advento desta era, deste novo século, tínhamos sonhos, esperanças de um Ser Humano mais espiritualizado, conectado com a sustentabilidade, com o respeito a natureza. Nos parece que tudo isso, mesmo que seja verdade, não se traduz em um Ser Humano melhor. Quantas pessoas você conhece, e poderia afirmar que realmente são humanas, que vivem em virtudes, na prática do bem, na coerência, no respeito. Estamos nós nos desumanizando? Mas o que seria um desumano? Seria isso uma involução, ou a própria evolução de um outro ser, que não este que convencionamos a chamar de humano? Estaria o humano se animalizando? Acho que não. Não poderíamos ser hipócritas ao ponto e nos compararmos com os animais.
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Quantos de nós dizemos preferir ficar na companhia de animais ao invés de humanos? Quantos dos amigos dizem isso, quantas pessoas ressoam em uníssono esse desejo e por vezes o concretizam. Seriam os animais mais humanizados que o próprio humano? Se realmente nos tornássemos animais, seriamos melhores uns para os outros? O monstro normalmente está ligado a um animal.
Parece uma injustiça, pois é comum no humano colocar responsabilidade do mal fora de si. Mas a verdade é que “monstro” é um conceito humano. Voltemos pois, para nosso umbigo. Não é humano, não é animal, talvez seja a antítese do humano. Será que essa é a direção que estamos tomando? Será que tem um jeito de evitar, de mudar o caminho? A liberdade só é possível quando podemos escolher. Escolhas são possíveis se houver alternativas. Alternativas podem ser criadas. Que tal criá-las e nos alimentarmos de humanidade?
Odair J. Comin
Psicólogo Clínico, Especialista em
Hipnoterapia e Escritor.
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