As pessoas apenas vão em busca de algo que ainda não possuem, mesmo que seja mais do mesmo
Os conflitos fazem parte de toda a existência humana, nos acompanham a cada passo, a cada respiração. Impossível não tê-los, impossível detê-los. O conflito nasce das necessidades humanas, e enquanto tivermos necessidades teremos conflitos. O curioso é que o mentor de todos os conflitos é o próprio homem, que acaba delegando poderes às situações e tirando de si mesmo o poder. Assim, o controle foge das suas mãos. O indivíduo acaba dando importância demasiada à certas situações sem medir as consequências. O conflito sempre irá existir e isso é imutável. O que se pode mudar é a relação ser humano/conflito.
Quando nessa inter-relação o indivíduo for maior que o próprio conflito, este deixa de ser um problema e passa a ser trivial, ordinário, algo fácil de ser resolvido, algo passível de acordo. Entretanto, esta capacidade é adquirida após percorrer um longo caminho, e mesmo que se tenha andado bastante, muito ainda há para ser percorrido. Quanto mais longe se vai, mais fácil torna-se o seu caminhar, porém mais difíceis e duros tornam-se os conflitos. Mais angústia desfila nos pensamentos e sentimentos. Quanto mais próximos da verdade, mais distantes da mentira. Quanto mais próximos da luz, mais longe das trevas. Isso é autoconhecimento humano, é a busca pela felicidade, pela plenitude, que são alcançadas depois de uma longa jornada.
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As pessoas apenas vão em busca de algo que ainda não possuem, mesmo que seja mais do mesmo, se ele busca é porque não têm o suficiente. Mas, para buscar algo, ele precisa saber que tal coisa existe, senão como a reconhecerá quando encontrar? Por isso, a importância de um questionamento maior a respeito do que é buscado. O que é felicidade? O que é amor? De que vale a felicidade se não se sabe como ela é, ou o que significa, ou ainda como ela surge? De que vale viver se não se sabe sua razão, se não se sabe o que é viver?
O filósofo Rousseau bem coloca, que “as experiências deveriam preceder os conceitos”, e o que vemos é exatamente o contrário. O ser humano faz poesias, belas canções, escreve divertidos e profundos textos, mas infelizmente teorias demais e prática de menos. São apenas palavras que o vento se encarrega de levar de um lado para outro, se aninhando em bocas fugazes, pensamentos exíguos e que seus sons não vão além dos próprios ouvidos, quando deveriam fazer parte de uma prática diária.
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