Crenças e Conflitos
Mesmo que estejamos indecisos conscientemente, estamos sempre inclinados a fazer ou acreditar naquilo que desejamos
Comodidade, eis algo que permeia muitas relações, muitas formas de vida. De alguma maneira o ser humano sempre busca uma comodidade maior, seja com a esposa, marido ou filhos. Seja no trabalho, na escola, com amigos ou familiares. Porque? Talvez por ser mais fácil, talvez porque gosta de ser servido. A comodidade também traz a inatividade do ser, a estagnação do espírito, a aparente morte. O ser humano precisa estar em constante movimento, em processo de transformação para melhor, nos elevando em todos os sentidos.
Durante a vida vamos criando e cultivando alguns desejos e começamos a agir segundo eles. Nossos desejos podem até não serem totalmente saciados, podem até serem incontroláveis, porém nós é que assim o fizemos. O filósofo grego Demócrito bem coloca que “estamos sempre inclinados a acreditar naquilo que desejamos”. De alguma forma acabamos traçando estratégias sejam elas percebidas ou não, que nos conduzem ao resultado que desejamos, do jeito mais fácil, sem por vezes medir consequências, ou buscar formas diferentes. Outras vezes buscamos um aconselhamento que já é viciado, e o próprio aconselhamento serve para enfatizar ainda mais o que se queria. Ou seja, se uma mulher que está grávida de um filho indesejado tem dúvidas quanto a abortar ou não, quando busca um conselho já tem um direcionamento. Se sua tendência for para o sim, pode buscar a ajuda de um médico, se for para não, se aconselhará com um padre.
Mesmo que estejamos indecisos conscientemente, estamos sempre inclinados a fazer ou acreditar naquilo que desejamos, então os meios não influenciarão no fim. Se não houver questionamento e reavaliação de crenças limitantes, o ser humano estará fadado à estagnação. Não posso dizer que tudo seja fácil, a mudança por si só, na maioria das vezes é dolorida, o novo nos causa medo, ansiedade, angustia, mas é a forma de buscar autoconhecimento e plenitude.
Acreditar naquilo que aparentemente nos faz bem, naquilo que desejamos, naquilo que mantém a comodidade. Ou questionar sobre o que acreditamos e talvez se angustiar por descobrir que as coisas não são como se pensava. Diferentes escolhas, diferentes posturas, diferentes conflitos: fazer o que é útil ou o que é justo. Fazer pela possibilidade do acerto, ou não fazer pela possibilidade do erro. É melhor seguir os conselhos dos pais ou dos filósofos. É melhor sofrer ou cometer injustiças. Aprendemos mais com o sofrimento ou com o prazer? Melhor é ser atencioso ou descontraído? Impor limites aos adolescentes ou dar a liberdade tão almejada? Privações ou decepções? Querer que o tempo passe rápido para que alguma coisa aconteça e ao mesmo tempo não querer envelhecer.
Conflitos, eternos conflitos. Mira Y Lopes coloca que “desejamos ser mortais, tememos ser mortais; desejamos conhecer o que nos aguarda, tememos dar um salto no desconhecido; desejamos viver sem sofrimento, tememos deixar de viver sem eles”. Eternos conflitos, eternas polaridades que a cada momento nos puxa para uma delas. Dor e prazer, felicidade e tristeza, porém o novo está sempre por ser descoberto, está por ser feito. Todavia, só chegamos a ele depois de nos desvencilharmos do passado.
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