Plante um jardim e veja sua família Florescer
Um jardim precisa de atenção e carinho. Sua família também.
O cultivo de um jardim pode ir muito além de cultivar um pedaço de terra, colocar sobre ela as sementes ou mudas e esperar que as flores cresçam para apenas ornamentar e enfeitar esse pedaço de terra.
Todo o processo envolve cuidado e afeto na escolha do local, no conhecimento sobre ele e das mudinhas que ali serão colocadas, saber que há espécies de sol, outras de sombra.
Uma família atravessava uma situação de isolamento, sem interação entre eles.
Conheça a história desta família
A mãe, com pouco mais de 30 anos; dois filhos com 9 e 11 anos; os avós, ambos com quase 70 anos.
Com idades e interesses tão diferentes, não havia interação entre eles e os diálogos cada vez mais raros, eram quase monossilábicos.
Era preciso por um freio nessa situação e recuperar sua família.
A mãe procurou por ajuda profissional e tomou conhecimento de que havia uma linha de tratamento baseado na cognição, chamada de hortoterapia, que envolve a prática de jardinagem.
Afinou a ideia de aplicar a jardinagem no dia a dia de sua família, e assim descobriu 7 motivos para começar seu jardim:
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Viu iniciar uma aproximação, um interesse dos filhos em querer saber o que a mamãe estava fazendo. Os filhos, que quando não estavam no colégio estavam em seus quartos “ligados” em seus aparelhos eletrônicos, começaram a visitar o local que a mãe preparava a terra.
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A mãe, manuseando a terra, em silêncio ia observando os filhos. Preparando o terreno onde seriam depositadas as sementes, se sentindo responsável pelo futuro daquele pedaço de terra, já não se sentia sem função no seu dia. A terra precisava dela, mas ela também precisava da terra, pois estava trazendo seus filhos para perto.
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Os filhos foram se aproximando cada vez mais, demonstrando interesse. A mãe ofereceu a eles a chance de “ajudar”. Separou uma parte do futuro jardim e “doou” a cada um.
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O contato entre mãe e filhos foi se estreitando mais e mais. As sementes das plantas sendo depositadas na terra, e o mais importante é que também brotava ali os laços de família. E assuntos comuns foram surgindo naturalmente entre eles. A barreira mais difícil já havia sido transposta. Na mesa das refeições o uso dos smartphones deram lugar a pequenos diálogos. Então começaram a sair juntos para compra de mudas, sementes e adubos. Em outras ocasiões faziam estudos em conjunto e argumentavam sobre as diferentes plantas . A partir desse assunto comum do momento, outros mais pessoais, de sentimentos foram brotando de forma natural.
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Os avós não tinham nenhuma atividade, nenhum lazer. Isolados, apenas viam e esperavam o tempo passar. E assim como as mudinhas iam nascendo no jardim, eles também saíram do quarto para ver, assistir. E a mãe ofereceu a eles a chance de “ajudar”. Era preciso regar a terra todos os dias, e eles passaram a cuidar dessa tarefa. Com essa atividade, diminuíram várias dores físicas que sentiam pela inércia, falta de movimentos do corpo, pelo sedentarismo em que viviam. Se sentiram úteis e satisfeitos por voltar ao convívio natural, em família.
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O jardim floresceu com esses cuidados e dedicação de todos. Mas o jardim é como uma família: sem cuidados, não se sustenta, desmorona. É preciso afeto e dedicação em regar a terra, podar alguns galhos, retirar alguma erva daninha se aparecer, e aí sim colher as flores e enfeitar a casa.
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Como resultado, conseguiram uma área verde bem cuidada, um jardim florido. Mas o mais importante: as pessoas envolvidas, não só com a fragilidade das plantas, mas da família, que interagiram, se responsabilizaram pelas tarefas assumidas, cuidaram, e fortaleceram seus laços.
Como ficou a Família?
Cultivando um jardim, foi cultivada uma família. Gerou um local onde se colocou iluminação, um banco, um ponto de encontro da família.
Com a orientação profissional recebida, esta família pôde ser cuidada, tratada e reconstruir os laços de relacionamento que estavam se perdendo.
Sabemos que precisamos cuidar de “nosso jardim”, mas nem sempre conseguimos dar os passos certos, e caminhar sozinhos para harmonizar ou corrigir nossos atos, para unir e fortalecer nossas famílias.
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