Vício em Internet
Entrevista com o Dr. Odair Comin | Por Aline Eusébio
Desde que o acesso à Rede tornou-se mundialmente popular, a partir de 1993, surgiu uma nova patologia. O Viciado em Internet. O perfil vem sendo estudado desde àquela época em virtude das consequências que a utilização excessiva gera no internauta como problemas de relacionamento e saúde.
O vício, de acordo com o psicólogo e escritor Odair Comin, se caracteriza principalmente pelo excesso, e esse excesso é causado por um descontrole. “Neste caso, quando o indivíduo já não é mais dono de suas escolhas, já não decide mais a que momento e quanto tempo passará na internet, então ele é comandado. O vício se instaura de forma gradativa, ocupando espaços cada vezes maiores em sua vida. Toda atividade viciante faz inúmeras promessas, e são essas promessas que atraem as pessoas, como um canto de sereia”, disse o especialista em entrevista exclusiva.
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Vício em internet
“Na internet os poderes são ilimitados, você pode ser quem quiser, pode viver seus sonhos mais extravagantes, pode tem milhões de amigos, pode acessar o conhecimento do mundo todo, se comunicar sem fronteiras. Pode jogar, paquerar, se mostrar, conquistar. Não há limites, e tudo isso na ‘segurança da sua casa’”, explicou.
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A sedução é grande para resistir
“Os chamarizes se multiplicam, todos querendo sua atenção, querendo te seduzir, querendo te adicionar, te curtir, te prender na gigantesca teia. Resistir torna-se tarefa hercúlea, porque todo viciado em potencial, tem a falsa impressão de que está no controle, que pode dizer não a qualquer momento. Contudo, esse universo é muito sutil, e o internauta não se apercebe do quão longe já foi, do quanto está envolvido”, contou Comin.
O vício em internet causa um prejuízo mental e físico, e chega mesmo a ser comparado com vício em entorpecentes. “Os entorpecentes prejudicam as conexões nervosas, seu uso é mais debilitante, enquanto a internet por vezes pode potencializar a capacidade cerebral pela grande estimulação, dependendo da atividade. No geral ambos acabam por ser sim, bastante prejudicial. Desta forma, o tratamento é necessário em todos os casos”, concluiu Odair Comin.
Fonte: Jornal Gazeta do Vale
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