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A hipertensão está diretamente ligada à qualidade de vida, uma das formas de evitar a doença é adquirir hábitos saudáveis com alimentação adequada associada à prática de exercícios.
Alimentação adequada, controle do estresse e prática de exercícios são fatores essenciais na vida de qualquer pessoa que deseja manter a saúde em dia. São exatamente esses fatores os responsáveis pela qualidade de vida de pessoas com hipertensão ou que desejam evitar a doença.
O bom desempenho do tratamento e da prevenção depende muitas vezes do esforço do paciente. Nem sempre isso quer dizer passar por privações ou sacrifícios, mas sim mudanças em alguns hábitos, começando pela alimentação.
“Vários estudos já comprovam a influência de uma boa alimentação para o tratamento da hipertensão. Tanto para o tratamento quanto para a prevenção da doença, o paciente deve evitar alimentos gordurosos, excesso de carboidratos com alto índice glicêmico, alimentos industrializados que contem alto teor de sódio e o próprio sal de cozinha”, alerta a nutricionista Reila Satel, pós-graduada em Nutrição Clínica.
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Os perigos do sal e do sódio
As pessoas costumam acreditar que o perigo está apenas no sal em si, mas devem tomar cuidado com os alimentos que contém sódio embutido e que muitas vezes deixa de ser percebido.
“O principal vilão da alimentação quando o assunto é a hipertensão é o alto consumo de sódio. O sódio é um mineral que está presente naturalmente na composição de diversos alimentos, mas também participa da composição de conservantes, adoçantes, fermentos e realçadores de sabor. Alguns alimentos ricos em sódio: embutidos (presunto, apresuntado), refrigerantes (principalmente os diet), sucos industrializados
em pó, queijos salgados, alimentos defumados, sopas de pacote, temperos prontos, enlatados em conserva e salgadinhos, são alguns dos alimentos que devem ser monitorados com certa restrição ou evitados”, explica Satel.
Para evitar o consumo excessivo de sódio, é recomendável que as pessoas fiquem
atentas na hora de comprar produtos que contenham essa substância, como recomenda a nutricionista do SPA Sorocaba Renata Fidelis. “O importante é estar atento aos rótulos de alimentos, por exemplo, se um produto tem 200 mg de sódio, significa que ele tem 0,5 g de sal. Lembrando que é melhor escolher produtos abaixo de 200 mg, pois temos o sal de adição nas refeições do dia”, diz. De acordo com Fidelis, a recomendação nutricional para consumo diário de sal é de 5 g por dia para pessoas adultas, mas para a nutricionista o ideal é ficar abaixo do recomendado, pois isso ajuda no controle da pressão e na prevenção da hipertensão.
Substitua por temperos naturais
Para que a redução do sal na alimentação seja menos traumática, a nutricionista Reila Satel recomenda usar temperos naturais como: limão, alho, cebola, orégano, cominho, coentro, manjericão, que podem compensar em termos a ausência do sal. Isso não quer dizer que o sódio deva ser totalmente extinto da alimentação, mas que deve ser reduzido. “O sódio e o cloro naturalmente contribuem com o equilíbrio da água
corporal, fazendo a sua retenção. Porém o sódio em excesso contribui para elevar a pressão. Quando a pessoa ingere sal em excesso seu organismo irá reter água. Essa retenção provoca o aumento do volume de sangue e o coração precisa trabalhar
mais para impulsioná-lo para todo o corpo e o resultado é o aumento da pressão”, aponta Satel.
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Melhore seu estilo de vida
A alimentação adequada é fundamental na vida das pessoas com hipertensão, mas nem sempre o consumo errado dos alimentos é responsável pelo surgimento da doença. “A alimentação, nem sempre é fator desencadeante, já que a hipertensão
está relacionada ao estilo de vida, sedentarismo, estresse, obesidade, idade, sexo, etc”, adverte a nutricionista Renata Fidelis.
A maneira como as pessoas enfrentam seus desafios diários e situações estressantes também tem influência importante na doença, ainda que o estresse não seja fator determinante.
A influência do estresse
“O estresse influencia negativamente na hipertensão. Libera substâncias que aumentam a frequência cardíaca, o que potencializa a pressão arterial e certamente colabora para piorar a hipertensão”, conta o psicólogo Odair J. Comin, da Clínica
Delphos. A psicóloga Claudia Nogueira, do SPA Sorocaba, explica que nem sempre o estresse é negativo, isso vai depender da maneira que ele é encarado. “Ele nos auxilia no preparo do organismo para defender-se e reagir, e isto é um bem e uma necessidade para se viver, neste caso ele é positivo.
Agora, quando se torna excessivo e constante, o organismo não consegue voltar para o seu estado de equilíbrio interno para se recuperar, e então ele deixa de ser positivo e passa a ser negativo”, afirma. Viver bem com hipertensão é sinônimo de vida saudável, em todos os sentidos, e esse estilo é considerado ideal, seja para portadores de hipertensão ou não.
Fonte: Revista Cuidando da Saúde.
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