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Hipnose: Revelação do Inconsciente

Hipnose inconsciente

Hipnose inconsciente

Por Ivanilde Sitta
Pode estar aí a solução para o seu problema. A hipnose tem sido utilizada com sucesso no tratamento de diversas doenças físicas e emocionais
Esqueça aquelas cenas místicas envolvendo pêndulos e turbantes. Longe de ser uma prática de cinema, a hipnose é coisa séria e tem livrado muita gente de uma infinidade de distúrbios físicos e emocionais. É considerada também um santo remédio para aliviar a dor, inclusive as crônicas e a do câncer em fase terminal. Sua longa lista de aplicações terapêuticas conquistou até o aval da Organização Mundial de Saúde, que a recomenda como a melhor técnica operacional de terapia no tratamento de moléstias psiquiátricas e psicossomáticas. Reconhecida pelos conselhos federais de Medicina, Odontologia e Psicologia, é um procedimento comprovadamente eficaz e aplicado em mais de 70 países, segundo o psiquiatra Joel Priori Maia, presidente da Sociedade de Hipnose de São Paulo.

Combate à Depressão

Sem contraindicação e efeitos colaterais, a hipnose vem sendo apontada como uma arma poderosa na guerra contra depressão, ansiedade, fobias, impotência sexual, ejaculação precoce, enurese noturna, gagueira, asma, síndromes intestinais, alergias e até mesmo no tratamento de verrugas. Sua lista de atuação inclui ainda baixo rendimento escolar e hiperatividade em crianças, ativação da memória, distúrbios alimentares, dependência química e muitos outros problemas físicos e mentais.

Não se trata de milagre nem mágica. Até mesmo a medicina tradicional já está consciente da ligação corpo e mente no desenvolvimento das doenças. De acordo com o psicólogo Odair José Comin, o sistema imunológico é diretamente afetado pelas emoções e sentimentos. Sensações de medo, ódio e ressentimento, por exemplo, resultam quase sempre em doenças. “O tratamento com a hipnose auxilia no controle dessas emoções e o paciente aprende a lidar melhor com seus problemas”, esclarece.

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Você tem medo de quê?

Veja o caso das fobias, por exemplo. Tem gente que não pisa num avião ou elevador, outros entram em pânico ao ver uma simples barata e há aqueles que jamais se imaginam num lugar fechado. As fobias nada mais são do que medos irracionais de alguma coisa ou lugar específico. Por meio da hipnose, o paciente é levado a buscar as causas desse medo e a desenvolver meios de aprender a enfrentar e superá-los.

A hipnose, segundo especialistas, ajuda a encontrar as verdadeiras raízes do problema. Até pode ser que seu medo de água esteja relacionado à história do afogamento do seu avô. Mas, segundo o terapeuta de hipnose Jean Jacques Buhannic, a maioria dos problemas nasce de sentimentos e vivências banais ocorridos na primeira infância e que nunca foram trabalhados. Por exemplo: o ciúme infantil que você sentia toda vez que via sua mãe dar banho no seu irmão caçula. “A maioria dos problemas é originada na primeira infância. Assim que sua origem for detectada, o problema tende a desaparecer”, garante Buhannic.

Mas como isso acontece?

Apesar de ser uma técnica milenar e estudada a fundo pela Ciência nas últimas décadas, ainda não se conhece completamente os mecanismos cerebrais envolvidos no estado hipnótico. Sabe-se, porém, que a hipnose é um estado alterado de consciência (semelhante ao sono) produzido artificialmente. De acordo com o psiquiatra Priori Maia, o paciente permanece entre a vigília e o sono, induzido por meio de uma estimulação leve, rítmica, monótona e persistente.

Durante o transe, a atenção, concentração e memória do paciente ficam em estado de alerta, permitindo acesso mais fácil aos dados registrados no inconsciente. É possível relembrar informações do passado, por exemplo, que estavam esquecidas pelo consciente. Nesse instante do tratamento, esses dados são explorados com a ajuda do médico ou terapeuta para beneficiar o paciente. “Ainda há muito a ser pesquisado e estudado. Mas na medida que os trabalhos avançam, aumenta a credibilidade em relação à técnica“, observa o psicólogo Odair José Comin, ao acrescentar que cientistas que estudam os fenômenos da hipnose vêm conseguindo grandes avanços na área.

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Um dos trabalhos, desenvolvido em conjunto pelas universidades americanas de Harvard e Stanford, dá uma ideia de como a técnica atua no cérebro humano. Dezesseis voluntários foram colocados em frente à tela do computador para observar imagens coloridas. Depois de hipnotizados, eles foram sugestionados a ver as mesmas imagens, só que na cor cinza. E foi o que aconteceu, pois nesse momento, o cérebro ativou a região que inibe a visão das cores.

“Sem nenhuma possibilidade de fraude ou farsa, o cérebro passou a ver em preto e branco”, relata Comin. Mais tarde, os mesmos voluntários foram induzidos a enxergar cores em lugares onde não existiam. Mais uma vez, os resultados confirmaram que o cérebro estava mesmo vendo colorido.

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Na mira da Hipnose

Especialistas garantem que é possível hipnotizar, em maior ou menor grau, cerca de 95% da população. Existem várias etapas na hipnose. Primeiro, o paciente é levado a sentir que seus músculos ficam pesados, por exemplo, e que fica difícil levantar um braço. Depois, as sugestões passam para um nível sensorial, quando ele pode sentir calor ou frio, ainda que a temperatura ambiente continue amena. Por fim, o hipnotizador induz o paciente a ingressar na esfera afetivo-emocional. Nesse momento, as lembranças escondidas no inconsciente podem começar a surgir. “Quanto mais profunda for a etapa atingida pelo paciente durante o procedimento, maior o seu benefício terapêutico“, esclarece Priori Maia.

Mas, seja qual for a fase atingida no transe hipnótico, os resultados são mais eficientes do que os alcançados em estado de vigília, ou seja, com o paciente completamente consciente e acordado. Isso porque a hipnose produz um relaxamento físico e mental que já se evidencia nas etapas superficiais, aumentando à medida em que ocorre o aprofundamento do transe.

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Desvendando os mitos

Se você se interessou pela hipnose, mas continua resistindo à técnica por uma série de receios, sossegue. Especialistas garantem que ninguém sujeito à hipnose corre o risco de não acordar do transe. Um simples abrir de olhos é suficiente para voltar ao estado normal. Asseguram também que, em hipótese alguma, a técnica tem poder de alterar o comportamento do paciente a ponto de levá-lo a tomar atitudes que vão contra seus próprios conceitos. Ou seja: mesmo hipnotizado, você é perfeitamente capaz de rejeitar sugestões como assaltar um banco ou tirar a roupa em público, ou qualquer coisa contrária aos seus valores morais e éticos.

Mitos e preconceitos como esses, em certo ponto, têm até razão de ser. Ao longo do século 20, a hipnose foi vista com ceticismo e descrédito principalmente por causa da ação de charlatães que se apresentam em praça pública, transformando a possível terapia em espetáculo de mágica. Hoje, essa prática é proibida em muitos países.

A hipnose foi olhada com reservas pelo próprio pai da psicanálise, Sigmund Freud, que não poupou críticas à técnica. Mas, depois da Segunda Guerra Mundial, ela voltou com força redobrada, apoiada como método válido pelas principais entidades médicas internacionais. É que, durante o conflito que durou de 1939 a 1945, os médicos de algumas frentes de batalha, sem acesso a anestésicos, realizavam cirurgias utilizando apenas a hipnose para combater a dor. A primeira sociedade científica de hipnose da qual se tem notícia no Brasil foi instalada pelo Imperador D. Pedro II, em 1887, sob a denominação de Sociedade do Magnetismo Animal e do Jury Magnético do Rio de Janeiro.

Principais dúvidas

Conheça as principais dúvidas e veja até que ponto elas têm fundamento:

1• O paciente pode ser hipnotizado contra a vontade?
Não. Só se hipnotiza uma pessoa com seu próprio consentimento. O hipnotizador não tem controle sobre o hipnotizado, que não fará ou falará nada que não quiser.

2• O paciente fica inconsciente?
Não. Ele escuta, pode falar e se lembra de tudo.

3• Há risco de não acordar?
Não. Depois de algum tempo sem a interferência do hipnotizador, o paciente sai sozinho da hipnose ou passa para um estado de sono natural.

4• É possível revelar segredos?
O paciente é perfeitamente capaz de rejeitar sugestões que não aceitaria em seu estado natural. Ou seja, ele não falará se não quiser.

5• O hipnotizador pode dominar minha mente e me obrigar a praticar atos contra a minha vontade?
A sua mente só vai aceitar ordens que não interfiram em seu comportamento ou moral. O acordo entre você e o hipnotizador acaba quando os seus princípios são contrariados. Como? O transe simplesmente se encerra ou você entra num estado de agitação que acaba por interrompê-lo. Não há casos relatados e provados de controle da mente por meio da hipnose.

Dentro da lei

A hipnose não é um procedimento alternativo de terapia. Isso quer dizer que seu emprego é legal e está regulamentado pelos seguintes conselhos:
Cirurgiões Dentistas: artigo 6º da lei 5081 de 1966
Conselho Federal de Medicina: parecer nº 42/99 de 20 de agosto de 1999
Conselho Federal de Psicologia: resolução nº 013/00 de dezembro de 2000.

Fonte: Revista Coop.

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