Hipnose contra Depressão e Ansiedade
Por Francine Moreno
Hipnose é alternativa contra a depressão e a Ansiedade com resultados rápidos e efetivos
Quantas vezes você já viu um hipnólogo com sotaque portenho na televisão, balançando um relógio ou com a mão na testa das pessoas repetindo a frase “Durma, durma?”. Trata-se da hipnose, um estado alterado de consciência, diferente do estado de vigília ou do sono, com elevada receptividade às sugestões. Ela existe e não é uma fraude. Longe das telas, a hipnose é um conjunto de fenômenos específicos e naturais da mente, que produzem diferentes impactos, tanto físicos quanto psíquicos, e está sendo cada vez mais procurada para o tratamento contra o tabagismo, a ansiedade, a depressão e outros transtornos psíquicos, tanto que dentistas, médicos e psicólogos são autorizados pelos seus respectivos conselhos a usar na sua prática clínica.
Por meio de um relaxamento muscular, sobrecarga sensorial ou interrupção de um padrão comportamental, um hipnólogo pode diminuir drasticamente o nervosismo e a ansiedade do hipnotizado. “Esse processo possibilita uma maior oxigenação das células do organismo. Algumas substâncias, como as endorfinas, são depositadas na corrente sanguínea, revertendo o estado psicológico de angústia, apreensão, medo ou ansiedade, para um estado de bem-estar. No caso de algumas doenças de causa fisiológica, a hipnose pode ajudar no sentido de melhora no sistema imunológico do paciente, acompanhada de tratamento tradicional dado pela medicina”, afirma o psicanalista clínico e hipnoterapeuta Waldiney S. Soares.
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A hipnose funciona na medida em que há um direcionamento da atenção, tudo o que é dito nesse momento ganha força e impacto maiores.
Odair José Comin, psicólogo e hipnoterapeuta, explica que durante a hipnose a comunicação é direcionada em nível inconsciente, que é onde nossas informações estão guardadas, neste caso as dificuldades, os traumas ou bloqueios. “Durante a hipnose podemos acessar o inconsciente, as sugestões hipnóticas são como sementes que plantamos e que estarão germinando no mesmo lugar onde os problemas estão armazenados, tendo a possibilidade, então, de ressignificá-los, anulá-los ou substituí-los por padrões saudáveis de pensamentos, sentimentos ou atitudes.”
A hipnose começou a ser aceita pelo Conselho Federal de Medicina este ano, que reconheceu a técnica como Ato Médico, chamando de Hipniatria. Em 2000, o Conselho Federal de Psicologia aprovou e regulamentou o uso da hipnose como recurso auxiliar de trabalho do psicólogo, mas muito antes, em 1966, uma lei regulamentou o exercício na odontologia. “A hipnose ainda é vista como uma forma alternativa ou holística de terapia. Os conselhos de medicina, psicologia e odontologia aceitam que seus profissionais façam cursos complementares e apliquem a hipnose de forma complementar ao seu ofício”, afirma o antropólogo Stephan Garcia, especialista em hipnoterapia.
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De acordo com Waldiney S. Soares, uma pessoa hipnotizada pode, literalmente ver, ouvir e sentir o que é sugerido pelo hipnotizador. “Como a mente consciente “relaxa” durante o transe, as sugestões entram diretamente na mente inconsciente. Se eu seguro uma caneta na minha mão e sugestiono, durante o transe, que tenho na mão um pedaço de ferro quente, a pessoa hipnotizada vai abrir os olhos e ver um pedaço de ferro na minha mão, inclusive ela poderá sentir o calor do pedaço de ferro. A mente inconsciente aceita a sugestão sem questionar se é real ou não. No entanto, não é possível hipnotizar pessoas contra a vontade delas. É preciso cooperação.”
O relógio balançando é só uma maneira de causar cansaço ocular.
Pode-se pedir para olhar para seu dedo ou qualquer outro ponto na parede, por exemplo. No entanto, o relógio e o ponto não possuem nenhuma força sobre a mente. “O fator determinante é o estado de foco, concentração e disposição de ser hipnotizado que causa o estado de hipnose. Esta técnica pode ser usada com bastante sucesso, desde que a pessoa tenha o desejo de ser hipnotizada. Caso contrário são necessárias outras técnicas. Atualmente existem mais de 250 formas de indução hipnótica por meio de relaxamento e mais de 100 por meio de quebra de padrão”, revela Stephan Garcia.
Qualquer pessoa pode ser hipnotizada. Todas as pessoas podem ser hipnotizadas. A diferença é que algumas entram em transe mais rapidamente que outras. Isso pode acontecer por vários motivos: falta de atenção no hipnotizador, dificuldade de imaginação ou medo. Um fato importante, de acordo com o antropólogo Stephan Garcia, especialista em hipnoterapia, é que todas as pessoas entram e saem do estado hipnótico naturalmente em seu dia a dia. “Um exemplo de como o estado hipnótico não é uma ‘coisa do outro mundo’, é quando alguém fala com você e você está com o pensamento longe, volta e pede desculpas à pessoa dizendo: Desculpe, mas eu estava longe. O nome desse ‘Eu estava longe’ é estado hipnótico.”
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De acordo com o psicólogo e hipnoterapeuta Odair José Comin, hipnose é comunicação e essa possibilidade é tão real quanto o marketing nos influenciar a comprar algo. Uma coisa é hipnotizar, a outra é o que fazer durante a hipnose, e isso tem uma grande diferença. “O primeiro segue uma lógica, ou seja, colocar a pessoa em transe e possibilitar os fenômenos hipnóticos. Já as formas de trabalhar esses fenômenos serão personalizadas para cada paciente, dependendo do objetivo a ser trabalhado.” Comin explica que fazer hipnose com o objetivo de acessar memórias reprimidas é um tratamento especial. “Quando feito por um profissional, o objetivo será a ressignificação ou superação de tais repressões, que podem estar prejudicando um viver saudável.
Pode prejudicar se o profissional levar o indivíduo para essa viagem e não saber o que fazer quando chegar lá. É preciso ter conhecimento e responsabilidade para atuar na área.” Para medir o grau de sensibilidade à hipnose, uma conexão feita pelo hipnotizador, chamada de Rapport, é fundamental. “Ele assimila a forma de falar, olhar, mover-se, respirar, e através desse espelhamento, acompanhamento ou compassamento podemos perceber a melhor forma de sensibilizar aquela pessoa especificamente para o estado de hipnose”, afirma Stephan Garcia.
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SAIBA MAIS: Dominar os outros através da hipnose é um grande mito. Quando se entra no estado de hipnose, o inconsciente se manifesta, mas o senso crítico permanece atento. Se alguma sugestão for contra os princípios éticos, morais ou religiosos, ocorre um bloqueio e a sugestão não é executada. Os métodos de hipnotizar são chamados Induções Hipnóticas e existem centenas deles. Cientistas dizem que a hipnose reduz o estresse em 40% e coloca o hipnotizado em um dos mais relaxantes estados de ser, similar à meditação.
A hipnose subliminar usada massivamente na política e no marketing pode atingir as áreas inconscientes sem passar pelo filtro consciente e literalmente pode dominar a cabeça das pessoas. Durante as sessões são definidos níveis superficiais e outros mais profundos. Cada tipo de problema requer um certo nível de relaxamento hipnótico. O transe é um estado em que a atividade psíquica recebe um direcionamento específico e intensificado. É como criar um estado propício onde os fenômenos ditos hipnóticos possam ser manifestados, e dentre eles as alucinações provindas dos cinco sentidos.
Fonte: Site Diário Web.
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