Matéria feita pela jornalista Grasielle Castro – Jornal Correio Braziliense
Durante a maior prova de corrida de aventura das Américas, o Ecomotion/Pro, Frederico Gall e sua equipe, Oskalunga, pensaram em desistir três vezes. Eles começaram na frente, mas depois de 12 horas brigando pela primeira posição tiveram de parar por cinco horas. Tempo suficiente para colocá-los na 18ª posição e levá-los a considerar abandonar a competição. “Mas tivemos uma grande surpresa e fomos campeões“, conta Frederico, ou Lico, como é chamado pelos amigos.
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Um dos segredos para conseguir um resultado inacreditável como esse é manter a cabeça no lugar. Soa simples, mas Lico explica que, na hora em que o atleta está passando fome, com sono e sem saber se está no caminho certo, até o que parece fácil se torna difícil. “Pensamos em parar, o que nos salvou foi a nossa equipe de apoio, que foi nos mostrando que éramos capazes. Quando parávamos e víamos o esforço que eles faziam para que a gente continuasse, ganhávamos força e a concentração voltava“, explica.
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Vencer uma barreira e levar o desafio adiante é o que faz o esportista ficar mais confiante, na opinião de Lico. “Queremos sempre uma coisa maior, mais emoção. Isso é uma responsabilidade comigo mesmo. Por mais que tenha pedra no caminho, não podemos desistir“, filosofa. “O objetivo, muitas vezes, não é nem ser campeão, mas sair vencedor do seu próprio limite.”
Esqueça a dor, pense positivo
Esse é o mesmo pensamento do maratonista e advogado Glauco Santos, 38 anos. A corrida de longa distância já virou parte da sua rotina. O tempo que o advogado gasta para terminar um percurso de 42km é suficiente para pensar em muita coisa. Mas raramente sobra espaço para focar na dor, no cansaço ou em qualquer outra adversidade. “O momento da prova é de êxtase, de testar o corpo, a mente e de vencer o desafio. Nos minutos mais dolorosos, eu penso na minha família, no exemplo que tenho que dar aos meus dois filhos. Se está doendo muito, é hora de pensar positivamente”, ensina.
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A reta final de uma competição costuma ser o momento mais sofrido para quem está na briga por um título. Reinaldo Colucci é um dos que passou por um momento de superação, recentemente, na conquista do ouro nos jogos Pan-americanos. O triatleta percorreu 1,5 km de natação, 39 km de bicicleta e 10 km de maratona em 1 hora, 48 minutos e 2 segundos, apenas 14 segundos mais rápido que o segundo lugar. Segundo ele, foram momentos de muito pensamento positivo. “Eu já estava esgotado, mas minha cabeça estava lá, só conseguia pensar que estava tão perto e que eu tinha chances. Mirei na vitória e esqueci meus adversários. Acho que é isso o que temos que fazer“.
Quase uma hipnose
O que passa na mente do esportista na hora de uma disputa pode levá-lo tanto para o topo quanto para baixo. É isso o que argumenta a presidente da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte, Alessandra Dutra. Para ela, a parte mental é tão fundamental quanto a preparação física. “O que vai separar o campeão do perdedor é a capacidade de controle“, pontua.
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Quem compete em provas de longa distância, além de treinar fisicamente, tem que trabalhar a concentração. Isso inclui aprender a se automotivar e a ter coesão entre o corpo e a mente. Alessandra explica que, se o foco cede espaço à fadiga, o ritmo cai. “Para que isso não aconteça, é preciso criar um processo de hipnose em que se baixa o nível de consciência para não sentir a dor. É preciso fazer um trabalho de meditação e controle mental para não pensar em nada. Nessa hora, o atleta deve saber gerenciar o pensamento, o foco e o relaxamento para não entrar em estafa mental“.
Fonte: Jornal Correio Brasiliense
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