Entrevista sobre as pressões sofridas pelos vestibulandos com o *Dr. Odair J. Comin concedida a Revista Weekend para a jornalista Amauri Eugênio Jr.
1- Qual o papel da família e dos amigos no auxílio ao vestibulando em relação à parte psicológica? E como evitar atitudes que façam o jovem sentir-se pressionado?
OJC: O fato de fazer vestibular já é uma pressão, e dependendo das expectativas que se depositam no vestibulando, servem para potencializar essa pressão e com ela a ansiedade. O desempenho é uma consequência dos anos de estudo, e tudo o que foi armazenado na mente, com as diferentes aprendizagens. O papel da família e amigos, é fazer o vestibulando notar todo esse vasto conhecimento armazenado. Fazê-lo sentir-se confiante e seguro. Na medida em que estudou, as respostas estão no armazém mental e cada pergunta é uma forma de acessar esse conteúdo. Tudo o que está na memória pode ser acessado. O que ele precisa fazer, é extrair o máximo de si mesmo e que isso ocorra de uma forma natural, basta deixar fluir. Para isso, faz-se necessário estar tranquilo, o que é facilitado com um ambiente tranquilo ao seu redor.
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2 – Caso o aluno sinta-se desmotivado por ter dificuldade em assimilar determinada matéria, o que os pais devem fazer para ajudá-lo?
OJC: Algo que é difícil, fica mais fácil quando associado com o que gostamos. Por exemplo, se a matemática é difícil, você pode associar a um game que você gosta, será mais fácil absorver. Também é importante fazer notar, como o vestibulando assimila conteúdos com mais facilidade. Para alguns pode ser ler, outros ouvir, outros ver um vídeo. Portanto, ajudá-lo a se conhecer melhor, e identificar quais são os caminhos que mais facilitarão sua chegada.
3 – Quando o adolescente começa a dar sinais de estresse por causa do vestibular, o que pode ser feito? E em momento ele tem de recorrer à ajuda psicológica?
OJC: Todo excesso, pressão, expectativas ou cobranças, podem gerar estresse. Se isso acontece, é preciso parar. Rever as estratégias. Há tempo para estudar e há tempo para descansar, e ambos precisam estar em equilíbrio. A demasia não fará com que absorva mais, por vezes a demasia transborda e não se consegue reter o quanto poderia. Portanto, as pausas curtas e longas, precisam ser intercaladas com o estudo. Se fizer isso, naturalmente não será cansativo ou estressante.
A ajuda psicológica pode ser necessária se o vestibulando não conseguir manter o equilíbrio e sentir-se estressado, ansioso e mesmo ter sintomas psicossomáticos, dores ou pânico. Tal situação mostra que já passou dos limites e precisa de ajuda para voltar à estabilidade.
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4 – Como o aluno pode equilibrar as horas de estudos com o tempo livre, para não correr o risco de passar mais tempo do que o normal estudando ou para não se dedicar como deve, de fato?
OJC: Absorver conhecimento tem a ver com qualidade, foco, envolvimento e não com tempo que se passa estudando. E quando se esta descansado, quando se faz a manutenção do viver, tem prazer, se diverte, esses preceitos que envolvem uma aprendizagem de qualidade são potencializados. É uma questão de se programar, estabelecer um cronograma de como irá proceder nesse período. Que além do estudo, deve envolver família, amigos, namorados, diversão, passeios. Estudar para vestibular não é um retiro, o estudo deve ser inserido no dia a dia com naturalidade. Use diferentes recursos, leitura, áudio, vídeo, a variedade potencializa a absorção e não torna o estudo maçante.
*Dr. Odair J. Comin
Psicólogo Clínico, Especialista em
Hipnoterapia e Escritor
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