Família Contemporânea
É cada vez mais comum encontrar novos formatos de família: irmãos somente por parte de mãe ou pai, mães solteiras, pais que ficam com a guarda dos filhos, filhos de avós, dois pais ou duas mães, filhos que têm duas casas etc. Acompanhando as novas possibilidades costumam aparecer, também, dúvidas seja sobre educação, postura, transmissão de valores, aceitação. Confira nesta matéria o que dizem os especialistas.
Familia Contemporânea
Da diversidade de relacionamentos nascem novos formatos de família. Para o psicólogo clínico e escritor do livro “Mestre das Emoções”, Odair J. Comin, a contemporaneidade apresenta novos layouts, onde se permite todas as possibilidades. Desde casais homossexuais que adotam, assim como as uniões heterossexuais que trazem filhos de relações anteriores. Para ele, os novos formatos nos levam a pensar em um perfil de mini comunidades.
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“O conceito de família apresenta ampliações. Em alguns casos poderíamos, sim, chamar de mini comunidade, pois em diversas situações, há filhos não apenas de uma relação anterior, mas às vezes de duas ou mais. Essa união traz pessoas de diferentes idades, que precisam se conhecer e aprender a conviver nos mesmos espaços”, exemplifica Comin.
A psicóloga especialista em criança e adolescente, Soraya Kátia Rodrigues Pereira, afirma que a própria estrutura familiar está diferente. “O núcleo familiar, as funções e a formação da família no gênero, profissionalmente e culturalmente estão sofrendo mudanças. Temos famílias monoparentais, famílias homoafetivas, família de culturas diferentes, filhos de outros casamentos, núcleos onde a mulher trabalha e o homem cuida a casa. Hoje, as funções são variadas, mas os gêneros têm muito mais consciência do papel de cuidador”, analisa.
Base
Para a psicóloga Julia Linzmeier, a família continua sendo o núcleo de base mais importante para a estabilidade emocional do indivíduo. Seja para a transmissão de valores, seja para a formação do sujeito, independentemente das mudanças que sofreu com o passar dos tempos.
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“Esses novos formatos, com irmãos somente por parte de mãe ou pai, mães solteiras, pais que ficam com a guarda dos filhos, filhos de avós, dois pais ou duas mães, filhos que têm duas casas etc, funcionam quando a comunicação alterna de forma flexível e contextualizada de forma que valorize a igualdade de direitos e minimize as diferenças entre os membros. Outro ponto importante são as regras. Essas devem ser coerentes e flexíveis. Para isso, papéis bem definidos e adequados, assim como a clareza de limites entre os subsistemas (conjugal, parental, fraterno e filial) se faz imprescindível”, analisa Julia.
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Novos desafios
Para Comin, o desafio atual é poder conviver nesta pequena comunidade que se forma, com suas diferenças e divergências. “Os conflitos permanecem muito parecidos com o passado, principalmente entre as gerações. Por vezes, temos irmãos com grande diferença de idade. Enquanto um tem cinco, outro tem 35 anos, sendo que o mais velho pode ou não morar com os pais. Outro ponto conflitante gira em torno da comunicação entre os pares. Chama-me a atenção nesse contexto a realidade virtual. As pessoas têm se distanciado cada vez mais do contato humano. Isso inclui membros da própria família, que por vezes se falam via rede social, mas pouco se encontram, mesmo habitando a mesma casa” comenta.
Para Soraya, há o desafio do novo e, para ela, tudo que é novo causa estranheza e incômodo. A falta de referencial social é um desafio, na opinião de Soraya. “Estamos ampliando os conceitos. Precisamos estar mais atentos aos novos valores, aos novos papéis sociais e, principalmente, aos novos desejos dos gêneros nos seus relacionamentos afetivos”, afirma.
Fonte: Portal Previ.
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